A disciplina pretende contribuir para o desenvolvimento de pesquisas e produção de conhecimentos emancipatórios em contextos de lutas comunitárias e de movimentos sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais nas cidades, campos, florestas e águas. Serão apresentadas dimensões ecológicas e epistemológicas em torno de referenciais teórico-metodológicos e situações empíricas. O curso será organizado em quatro momentos. O primeiro apresentará referenciais teóricos que favorecem a articulação entre os campos da saúde coletiva, da ecologia política e dos estudos pós-coloniais, em especial as Epistemologias do Sul, sistematizadas na obra de Boaventura de Sousa Santos. A trajetória dos textos e discussões pretende conectar quatro campos de lutas por justiça (social, sanitária, ambiental e cognitiva) como base para a promoção emancipatória da saúde, usando como exemplos lutas sociais em torno dos conflitos ambientais, contra racismos e violências, movimentos feministas, agroecologia e a saúde intercultural. O segundo momento discutirá a proposição de metodologias sensíveis para o trabalho dialógico e engajado entre academia e movimentos sociais-comunitários por meio de distintas narrativas e linguagens, incluindo as audiovisuais e poético-musicais. O terceiro momento apresentará a experiência do Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, com ênfase nas populações dos campos, florestas e águas. Por fim, o último momento apresentará a experiência do LTM sobre comunidades ampliadas de pesquisa-ação em lutas por saúde e dignidade em favelas do Rio de Janeiro.
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