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Relatório Encontro de Saberes Neepes 2018: Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde

Encontro de Saberes Neepes 2018: Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, realizado entre 26 e 28 de novembro de 2018, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), reuniu acadêmicos, indígenas, camponesas/es, pescadoras, quilombolas, moradoras/es de favelas e periferias, estudantes, ambientalistas, poetas, artistas e lideranças de diversos movimentos sociais de diferentes regiões do país. O evento marcou o lançamento oficial do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (NEEPES), institucionalizando o compromisso com uma agenda de pesquisa e produção de conhecimentos emancipatórios construídos de forma coletiva e colaborativa. Para isso, consideramos fundamental o diálogo interdisciplinar e intercultural com a articulação entre linguagens acadêmicas, artísticas e populares em torno das lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais, tanto no campo como na cidade.

O Neepes articula três campos do conhecimento: saúde coletiva, ecologia política e abordagens pós-coloniais, em especial as epistemologias do Sul. Ao mesmo tempo, mobiliza quatro dimensões de justiça, que são estratégicas em relação às crises social e ecológica na contemporaneidade: social, sanitária, ambiental e cognitiva. Os conflitos ambientais e territoriais, a ecologia de saberes, o diálogo intercultural, as metodologias sensíveis colaborativas e não extrativistas são referenciais conceituais e metodológicos estratégicos para o Neepes.

Em direção a este objetivo geral, foi proposto um conjunto de questões para serem debatidas no Encontro de Saberes 2018, e que orientaram tanto as mesas redondas quanto a oficina realizada no segundo dia, que contou com quatro grupos de trabalho. A questão geral  orientadora para todos os grupos foi: o que une as lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais nos campos e nas cidades?  A esta questão geral foram acrescidas outras quatro questões semeadoras, cada uma trabalhada por um grupo específico:

  1. Como compreender e enfrentar as violências e racismos que atingem territórios e populações?
  2.  Como avançar no encontro e ecologia de saberes entre academia, comunidades e movimentos sociais?
  3. Como incorporar a relação com natureza e soberania alimentar em ações de promoção da saúde nos territórios?
  4. De que forma geramos vida em nossos territórios e como compartilhamos tais conquistas para quem vive dentro e fora deles

Cada grupo contou com a presença de pesquisadores, militantes de movimentos sociais e alguns estudantes de pós-graduação, mesclando diferentes movimentos sociais e pessoas nos quatro grupos de acordo com alguns critérios: acadêmicos e movimentos sociais; gênero; campo e cidade; raça e etnia. A abrangência, complexidade e atualidade das questões contou com a diversidade dos sujeitos que participaram de cada grupo, incluindo experiências atuais de resistência em diferentes territórios, etnias, raças e movimentos. Participaram, além de vários acadêmicos, grupos indígenas, quilombolas, feministas, camponeses (MST, MPA e organizações agroecológicas), movimentos urbanos de favela e periferias.

As atividades foram conduzidas por dinamizadores selecionados pelo Neepes por sua experiência e engajamento, sendo sintetizadas em três tipos de relatorias/linguagens: poético-musical, gráfica e escrita/acadêmica. Dois artistas militantes se inseriram em cada grupo, um da linguagem poético-musical (rap, slam poetry, repente e cordel) e outro da gráfica (desenho e grafite). A ideia foi que todos os relatos (acadêmico, poético-musical e gráfico) pudessem ser construídos não apenas pelo talento individual de cada pessoa, mas com o envolvimento dos participantes interessados. Em cada grupo foram pensadas e realizadas atividades de acolhimento, consciência corporal e dinâmicas de integração, que junto com os relatos fazem parte da construção processual das metodologias sensíveis, co-labor-ativas e não extrativistas que orientam o conjunto das ações do Neepes (ver aqui).

A TV Tagarela (Rocinha, RJ) registrou o evento e produziu posteriormente, junto com o Neepes, um relato audiovisual (vídeo) do Encontro (ver aqui). Os relatos gráficos e poéticos dos quatro grupos estão disponíveis aqui. Os relatos escritos de cada grupo da oficina poderão ser solicitados diretamente ao Neepes, que avaliará a pertinência do pedido em consonância com os princípios éticos e pedagógicos do Núcleo.

Os Grupos de Trabalho: uma breve síntese:

GT 1 - Racismo e violência

Relatores: Bianca Santana (relatora gráfica); Jéssica Alves (relatora poético-musical, Poetry Slam) e Fátima Pivetta (relatora escrita).

GT Racismo e violência teve como questão semeadora: como compreender e enfrentar as violências e racismos que atingem territórios e populações? Os debates levantaram distintas expressões dos racismos, impostos por um padrão estético eurocêntrico, branco e masculino motivador de múltiplas formas de violência sobre grupos subalternizados. Um destaque do grupo foram Mães de Manguinhos cujos filhos foram assassinados por ações policiais. Elas denunciaram o entrelaçamento entre racismo e violência nos processos de exclusão radical vivenciados pelas populações de favelas. Como mães na luta por justiça e honra de seus filhos, aprenderam que a violência policial e institucional racista é uma construção social histórica que precisa ser transformada para reverter e reconstruir a autoestima, sofrida pela imposição de uma estética e “ideal de beleza” colonizadores. Nesse sentido, a luta política e social precisa afirmar e reconstruir outros padrões estéticos que propiciem a sensação de “estar em casa com seu próprio corpo”. Isso é válido para o conjunto dos movimentos, lutas e territórios, sejam eles indígenas, camponeses, pescadoras, quilombolas ou das favelas. A construção de um movimento unificado de resistência ativa contra a violência passa, além de incluir a diversidade, pela compreensão das manifestações do capitalismo nos campos e cidades. Além das denúncias, é estratégico apresentar alternativas que ultrapassem as divisões entre aqueles que possuem direitos e outros a quem são negados, expressos nos territórios e corpos de mulheres, negros, indígenas... A articulação nas lutas dos movimentos sociais passa, necessariamente, pelo “direito de viver”, uma pauta comum que tensiona o Estado e as instituições, enfrentando o “silêncio” da maioria da sociedade frente aos genocídios nos campos e cidades contra as populações subalternizadas, sejam elas indígenas, negras, mulheres, de favela e LGBT.

GT 2 - Ecologia de saberes

Relatores: Pandro Fernandes (relator gráfico); Raphael Calazans (relator poético-musical, Mc e RAP); Juliana Souza (relatora escrita).

A pergunta semeadora deste GT foi: como avançar no encontro e ecologia de saberes entre a academia, as comunidades e os movimentos sociais? Diversos participantes observaram que ainda são poucos os pesquisadores acadêmicos que se propõe a estabelecer um diálogo mais direto com comunidades e movimentos sociais, sendo este espaço de disputas e preconceitos entre pesquisadores e professores. Há uma fala recorrente que a militância não pode se mesclar com o trabalho científico, o que acaba por criar inúmeras barreiras para o reconhecimento dos saberes gerado [1] nas lutas e experiências em contextos territoriais, políticos e étnicos. Dessa forma favorecem posturas colonizadoras e extrativistas que desqualificam pesquisadores, sejam acadêmicos e/ou populares, articulados às comunidades e movimentos sociais. Isso se concretiza muitas vezes numa relação desrespeitosa e sem retorno para as necessidades e lutas das comunidades. Têm havido avanços e resistências, em especial por parte de comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, ao exigirem pesquisas que contribuam para garantir seus direitos e denunciar os ataques a seus territórios. Mudar o padrão desrespeitoso de se fazer pesquisa significa compreender como a ciência pode ser aplicada e transformada para defender as populações,  produzindo em tempos e linguagens que efetivamente dialoguem. Outro desafio, colocado por populações quilombolas, refere-se à entrada na universidade facilitada pela política de cotas, mas que pode comprometer o processo de afirmação identitária de jovens, já que na socialização acadêmica podem romper seus laços com a comunidade e a ancestralidade. Também foi debatido o reforço e ampliação da extensão universitária e suas práticas territorializadas, muitas vezes desvalorizada por currículos e modelos de formação mercadológicos. O alimento foi reforçado como conexão entre o campo e a cidade, assim como o reencontro da ruralidade e da natureza no urbano, articulando tais temas com lutas por moradia, enfrentamento da violência, saúde, sustentabilidade e dignidade. Colocou-se a importância das trocas e compartilhamentos entre as lutas e experiências de comunidades indígenas, quilombolas, camponesas e populações de favelas e periferias. A dimensão do cuidado nos saberes tradicionais também foi salientada pelos participantes como ponto de união entre os movimentos tanto nos campos como nas cidades.

GT 3 - Relação com a Natureza e Soberania Alimentar

Relatores: Wallace Bidu (relator gráfico); Maicon Miguel Silva (relator poético-musical, cordel e repente); Kelly Santos (relatora escrita).

A questão semeadora do GT foi: como incorporar a relação com a natureza e a soberania alimentar em ações de promoção da saúde nos territórios?

A relação entre agroecologia e soberania alimentar foi destacada pelos participantes do grupo como central, incluindo experiências como as feiras agroecológicas e da agricultura urbana, que conectam saberes, experiências, lutas e resistências entre o campo e a cidade em torno dos direitos, da segurança e soberania alimentar. Foi problematizada a apropriação da agricultura orgânica por grandes redes de supermercados, que esvaziam a discussão política acerca dos processos excludentes na produção de alimentos e se limitam à criação de mercados de nicho para segmentos da população economicamente abastados, inviabilizando o acesso a alimentos saudáveis para grupos subalternizados. A mercantilização da natureza e dos produtos orgânicos foi colocada como um grande desafio, ao funcionar como estratégia política de esvaziamento da agroecologia. O saber tradicional camponês e a luta pela reforma agrária também foram valorizados no enfrentamento do capitalismo, do agronegócio e dos agrotóxicos. Experiências de agroecologia têm demonstrado ser possível produzir alimentos saudáveis com recuperação da natureza, inclusive com o resgate de saberes e práticas da agricultura tradicional camponesa e indígena. O processo de colonização institucional e científica oculta a importância destes modos de produção locais que respeitam a natureza e os povos, sem separá-los, daí a importância da cosmologia indígena, que apresenta outras bases epistemológicas para que se supere as divisões entre sociedade e natureza. As lutas pela agroecologia e segurança alimentar devem levar em consideração os conflitos ambientais e territoriais assumidos pela ecologia política, assim como os saberes e práticas dos povos do Sul Global presentes no conceito de justiça cognitiva. Foi observado que diversas experiências de assentamentos da reforma agrária, ocupações urbanas e lutas por demarcação de territórios tradicionais encontram-se nas fronteiras entre o campo e a cidade, sendo um desafio tanto para a academia como para os movimentos sociais articular territorialidades espacialmente próximas e, ao mesmo tempo, muito distantes em termos de saberes, práticas e culturas.

GT 4 - Geração de vida e compartilhamentos

Relatores: Marina Nicolaiewsky (relatora gráfica); José Franklin da Silveira (relator poético-musical, cordel); Natália de Souza Almeida (relatora escrita).

A pergunta semeadora do GT foi: de que forma geramos vida em nossos territórios e como compartilhamos tais conquistas com aqueles que vivem dentro e fora deles?

Os participantes salientaram que grandes empreendimentos, estimulados pelas políticas desenvolvimentistas e neoextrativistas, geram territórios de violência e exclusão. Por outro lado, as resistências e lutas populares, em contraposição aos processos espoliativos, são geradores de territórios de vida para os corpos, mentes e a natureza. Contudo, a mídia e as estratégias de comunicação invisibilizam sistematicamente os processos geradores de vida construídos pelos movimentos nos territórios. Uma questão levantada é a necessidade de desconstruir a ideia hegemônica de que as cidades provém melhores condições de vida para as pessoas. Daí a importância de diluir fronteiras artificiais e fragmentadoras entre campo e cidade repensando e experienciando de outra forma a própria vida em seus sentidos, qualidades e possibilidades. Para isso, é central reconhecer o território e suas sociabilidades enquanto geradores de vida digna, tal como fazem povos tradicionais como os indígenas, quilombolas, camponesas/es, pescadoras/es e coletivos de mulheres em suas lutas de resistência. Trata-se de lutas em torno dos bens comuns que são tanto locais como globais, pois delas depende o futuro do planeta, por isso as lutas por território são fundamentais para todas/os, inclusive nas cidades. Também é estratégica a ideia que a comida é um direito e não uma mercadoria, assim como reconhecer as potencialidades de vida dos e nos próprios territórios. Daí a importância de redes e intercâmbios entre as experiências realizadas em diferentes territórios, que permitem conectar e comunicar as ações que geram vida. Tais intercâmbios possibilitam reconhecer e exemplificar a diversidade e riqueza dos processos territorializados de resistência, que geram vida em suas múltiplas dimensões. Foi mencionado o processo de criminalização dos sujeitos em luta como desafio, e para isso é preciso construir vínculos a partir do trabalho coletivo, o que é propiciado por vários movimentos sociais. Somente dessa forma poderemos ir transformando o modelo de desenvolvimento predatório atualmente hegemônico, bem como as violações e os problemas de saúde gerados.

Considerações finais

O Encontro de Saberes Neepes 2018, segundo a perspectiva de seus organizadores, cumpriu plenamente seus objetivos. Mostrou a potência das propostas conceituais e metodológicas, e ao mesmo tempo forneceu inúmeros elementos para a construção da agenda de pesquisa que vem sendo implementada desde então.

O Encontro, em especial a oficina com os quatro grupos temáticos, serviu como exercício de construção coletiva da agenda do Neepes que estamos implementando. Mais do que aprofundar discussões acerca de temas específicos, o Encontro Neepes 2018 buscou construir respostas, assim novas questões coletivas e abrangentes que sinalizassem trilhas para o trabalho do Neepes, incorporando diversos saberes e linguagens. Nossa proposta é que novos Encontros sigam atualizando e refinando nosso caminho.

Como podemos observar pelos relatos, os participantes puderam compartilhar sofrimentos causados por diversas formas de opressão e violência, como também suas lutas, práticas de resistência e alternativas.  As participações artístico-musicais de rappers, repentistas, cordelistas, artistas gráficos, assim como indígenas e quilombolas com seus cantos e danças, ao mesmo tempo em que integram o pensar e o sentir, são fundamentais para o diálogo intercultural e a produção de conhecimentos. Um corazonar, reunindo razão e afeto na integração do pensar-sentir, em um diálogo interdisciplinar e intercultural entre academia, comunidades e movimentos sociais com o objetivo de promover a construção de conhecimentos e práticas mais éticas, sensíveis, simultaneamente simples e complexas e, dessa forma, mais sábias. Essa é uma missão estratégica do Neepes: resgatar a sabedoria no mundo logocêntrico, especializado e fragmentado da academia.

Desta forma, os participantes puderam compartilhar e ver ao vivo como as Epistemologias do Sul são, como observou o sociólogo português Boaventura de Souza Santos. Segundo suas palavras nos comentários após as apresentações dos relatos dos grupos: “Eu nunca vi as epistemologias do Sul ao vivo. Já escrevi muito sobre elas, mas hoje eu vi como é que é”. O Encontro expressou, neste sentido, a intenção de uma ecologia de saberes que celebra a vida, dando destaque a novos espaços de experimentação de saberes e compartilhamentos frequentemente desprezados nos espaços acadêmicos. Através desta sociologia das emergências, dando visibilidade a estes múltiplos saberes, visou-se refletir acerca de possibilidades de transição paradigmática, provenientes de experiências territorializadas no Sul Global. Este mesmo espírito motiva o Neepes a preparar o seu II Encontro de Saberes Neepes 2019, cujo título provisório é O Campo na Cidade: resistências, (re)existências e interculturalidades no cuidado e na alimentação.

 

ANEXO 1- PROGRAMAÇÃO FINAL DO ENCONTRO

DIA 26 DE NOVEMBRO – Auditório Térreo da ENSP

9:00- 9:30- Mesa de abertura

9:30-10:00- Apresentação da proposta do NEEPES: Marcelo Firpo Porto

10:00- 12:30- Mesa redonda: Lutas Sociais e Construção de Saberes Emancipatórios frente à Crises Ecológica e Democrática nos Campos e Cidades.

Participantes: Raquel Rolnik (FAU/USP); Rubem Siqueira (CPT e Rede Brasileira de Justiça Ambiental); Sergio Suaima (MPF). Coordenação: Marize Cunha (LTM/ENSP).

14:00 -14:30 – Lançamento do portal do NEEPES e do novo portal do Mapa de Conflitos envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil

14:30-15:00 - Trailer do documentário Fio da Meada, de Silvio Tendler

15:00-17:00 – Mesa com  Silvio Tendler – Cineasta; Caciques Jairo Saw Munduruku e Juarez Saw Munduruku– Lideranças indígenas; coordenação de Marina Fasanello/NEEPES e co-roteirista do Fio da Meada.

 

DIA 27 DE NOVEMBRO (na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio)

Oficina de trabalho das 9:00 às 17:00 com quatro grupos mesclando acadêmicos (pesquisadores e estudantes de pós-graduação), ativistas e movimentos sociais dos campos e cidades.

Questão geral: O que une as lutas sociais dos campos e cidades sobre saúde, dignidade e direitos territoriais?

Questões semeadoras específicas por grupo

1.Como compreender e enfrentar as violências e racismos que atingem territórios e populações?

2. Como avançar no encontro e ecologia de saberes entre a academia, as comunidades e os movimentos sociais?

3. Como incorporar a relação com a natureza e a soberania alimentar em ações de promoção da saúde nos territórios?

4. De que forma geramos vida em nossos territórios e como compartilhamos tais conquistas para quem vive dentro e fora deles?

OBS: 12:30 – 13:30 - Almoço com apresentação do Coral da Fiocruz

 

DIA 28 DE NOVEMBRO

09:00 - 12:00 –Apresentação dos resultados dos quatro grupos pelas  relatorias oral, gráfica (artistas militantes) e poético-musical (repente, cordel, Poetry Slam e Rap).

12:00 - 13:00 – Comentários de Boaventura de Souza Santos à luz das epistemologias do Sul seguido de debate

14:00 – 16:00 – Mesa “Experiências e Saberes Emancipatórios dos Movimentos Sociais” com representantes de movimentos do campo e das cidades. Falas: APIB (Sonia Guajajara); CONAQ (Maria José), MST (Luiz Zarref), Movimento de Favelas (Diego Francisco) – Coordenação: Diogo Rocha/NEEPES.

16:00- 16:30- Comentários finais- mesa com Nisia Trindade (Presidente da Fiocruz), Hermano Castro (Direção da ENSP), Boaventura Santos (CES/Coimbra) e Marcelo Firpo (Neepes/Fiocruz)

16:30-17:00- Saberes e sabores - Coquetel final (Terrapia Fiocruz) com lançamento de livros e autógrafos: Boaventura de Sousa Santos (diversos) e Julio Araujo Junior (Direitos territoriais indígenas: uma interpretação intercultural).

 

Imagem para encontros: